MG: Minas Gerais
Falam flores no jardim. Farfalham folhas na mata. Puro ar. Alma clara cor carmim. Estrelas. Crepúsculo. Casinha no topo da montanha pintada de manacá. Rosas. Novelos de fumaça soprados pelos chaminés. Progresso. Riquezas. Aço bruto itabirense. Poluição. Águas serenas. Rios doces. Moinhos de milho. Generosa. Fuc, fuc de Maria Fumaça. Pêndulos montanhosos que oscilam em ondas. Alterosas. Trens descarrilados nos olhos. Tiradentes. Alterosas. Ouro. Diamantes. Cheiro de relva molhada. História e mais estórias. Prosas e falas soltas escapam das bocas ao luar: "Uai, que coisa danada de boa, sô!
Lábios que mascam o pito de palha. Contos que se contam. Queijo e quitanda: sinal de café hospitaleiro na xícara. Aragem na boca da noite. Proseado nos bancos de praças. Uai, sô! Durante o dia: belos Horizontes adornam paisagens. À noite: boa noite Minas Gerais!
Com tudo isto, Minas não precisa mesmo de mar para inspirar poetas e músicos. O estado é diverso e tem um pouco de tudo, principalmente rostos adultos que ainda estampam sorrisos simples com dentes falhos; o que deveras, se não for tudo, é quase tudo.
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MG: Mutável Gambiarreiro