Vento pela janela
Era dessas tardes de janeiro, onde o vento soprava amenizando o calor.
A respiração tão profunda era quase um lamento de saudades.
A presença dele ali, era constante. E o sorriso permanecia nela.
As borboletas cultivadas, faziam rebuliço.
Era de uma alegria imensa e de uma sorte incomum tê-lo encontrado.
O pensamento sempre se desviava e o sorriso se fazia intenso, mesmo nos afazeres cotidianos.
Um verso, uma canção ou o gorgear dos pássaros, tudo o trazia pra mais perto.
Se sentia saudosa e enternecida.
A fumaça do café subia e desenhava seus contornos.
O suspirar se fazia corriqueiro.
Ela o amava. E esse era o fato mais concreto de sua existência.
Era quase uma menina perdida em devaneios e descompassos.
Ela era agradecia à magica oportunidade de tê-lo conhecido e prometeu a si mesma ir ao fundo disso. Talvez o momento não fosse assim tão propício. Mas eles eram seres complementares. Ela sabia que nada é por acaso. E que se foi desta forma, era assim que tinha de ser. E que não é todo dia que "a sua pessoa" vem ao seu encontro no instante mais preciso.
Ela decidiu, eles sabiam que era amor e que tinha muita força.
O vento entrava suave pela janela bagunçando seu cabelo e ela sorria com os olhos voltados pro céu.