CALOS DE CANAVIAIS
Triste sina intinerante
De Sol a Sol pelos canaviais
Meus pés têm os calos do retirante
A bóia fria a água quente
Um calor arretado de dar dó
Trabalho cansativo e decente
De plantação em plantação
As mãos na enxada
E o coração na mão
Cada canto desse mundo
Uma jornada de luta
Filho do Pai não um vagabundo
Levo as migalhas pro lar
Pros meninos alimentar
Chão de ganho a se respeitar
Deixo agradecido a mãe do meu filho
Sempre em casa na lida por nós a orar
Pra que seu destino tenha carne e não só milho
E sigo minha senda sem rancor
Pois ainda tenho muita lenha pra queimar
E minha família tem por mim só amor
Confio na redenção de Deus
Pois Nele minha fé só revigora
Luto pra que perdõe os pecados meus
Chão Sol enxada e estrada
Vou seguindo uma a uma as plantações
No pé de calo
No lombo ardente
Pelos confins desse mundão
Triste sina intinerante
De Sol a Sol pelos canaviais
Meus pés têm os calos do retirante
A bóia fria a água quente
Um calor arretado de dar dó
Trabalho cansativo e decente
De plantação em plantação
As mãos na enxada
E o coração na mão
Cada canto desse mundo
Uma jornada de luta
Filho do Pai não um vagabundo
Levo as migalhas pro lar
Pros meninos alimentar
Chão de ganho a se respeitar
Deixo agradecido a mãe do meu filho
Sempre em casa na lida por nós a orar
Pra que seu destino tenha carne e não só milho
E sigo minha senda sem rancor
Pois ainda tenho muita lenha pra queimar
E minha família tem por mim só amor
Confio na redenção de Deus
Pois Nele minha fé só revigora
Luto pra que perdõe os pecados meus
Chão Sol enxada e estrada
Vou seguindo uma a uma as plantações
No pé de calo
No lombo ardente
Pelos confins desse mundão