Brincar de viver
Deus não abandonará o poeta
No fim, também certeiro pro poeta,
Será poupado do frio do abandono
E do terror das despedidas.
Deus não abandonará o poeta
Também ele incompreensível,
Repreenderá sua vaidade nefanda
Ao falar de ex amores suicidas...
Deus não abandonará o poeta
No fim, também desejado do poeta,
Terá ilibado seu coração pervertido
E as mãos virginadas do sangue e do fogo.
Deus não abandonará o poeta.
Também ele ironia,
Perdoará o seu pensar conspurcado
Que gestou e pariu ódios secretos...
Deus não abandonará o poeta
No fim, quando seu corpo cair, corroído pelos minutos/
No fosso dos tempos e dos silêncios.
Deus ressuscitará o poeta,
Para brincarem de viver.
Novamente...