Brincar de viver

Deus não abandonará o poeta

No fim, também certeiro pro poeta,

Será poupado do frio do abandono

E do terror das despedidas.

Deus não abandonará o poeta

Também ele incompreensível,

Repreenderá sua vaidade nefanda

Ao falar de ex amores suicidas...

Deus não abandonará o poeta

No fim, também desejado do poeta,

Terá ilibado seu coração pervertido

E as mãos virginadas do sangue e do fogo.

Deus não abandonará o poeta.

Também ele ironia,

Perdoará o seu pensar conspurcado

Que gestou e pariu ódios secretos...

Deus não abandonará o poeta

No fim, quando seu corpo cair, corroído pelos minutos/

No fosso dos tempos e dos silêncios.

Deus ressuscitará o poeta,

Para brincarem de viver.

Novamente...

Nairson Luiz Santos
Enviado por Nairson Luiz Santos em 29/11/2016
Reeditado em 01/12/2016
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