FLOR, ALWAYS FLOR

“Flores para ti.

Para nascer infinitas luzes de seus olhos

e para brotar a semente do encanto no coração.

Flores para tecer

a blusa quentinha para te aquecer.

Para ser o manto

que lhe cobre a alma.

Flores que desabrocham

a mais oculta ternura.

Flores que recolhem

toda tristeza alojada dentro do ser.

Flores que revelam

o mais delicado mistério

que mora dentro do peito de todo ser.

Flores que regam sorrisos

se abrindo naturalmente e exalando o aroma da alegria.

Flores de todas as cores,

seja lá qual for o tom e a intenção,

servem para avivar as cores da vida.

Flores na vida: delicadeza do amor.

Vida nas flores: alma que presenteia outras.

Outras pessoas, outros corações, outros seres.

Flores para ti

que é mais que uma flor,

e mais que todas elas juntas.

Flor que não apenas exala perfume, mas também, brilho.

Flor que não se fecha,

e se permite desabrochar para a vida.

Flor que, quando não suporta o peso do próprio espinho,

se despetala por dentro, até reencontrar a própria essência.

Flor que busca no orvalho, a lágrima contida.

Flor que é viva, e quase imortal, no desenrolar dos dias.

Flor que é quase luz.

Ilumina sutilmente através das palavras que tocam levemente o ser.

E eleva a alegria ao nível mais nobre que há.

Flor querida! Ó, flor!

Não reconheço a cor de suas pétalas, mas sim o que há por trás.

Nem sequer te toquei, porém sou ciente de tua delicadeza e sensibilidade.

Pois, na verdade, trato-te realmente como uma.

A que está em meu jardim, radiante, fazendo companhia à outras.

Mas com uma grande diferença: o afeto.

Nas horas mais alegres, era para ti que confidenciava.

E nas tristes, você me entendia, no seu ritmo.

E a força que havia esvaído, voltaria à mim.

Me levantando e empurrando para frente.

E sua singeleza consegue me privar de todas as palavras, ao querer, pelo menos, demonstrar a enorme gratidão por existires.

Que toda ternura chegue até você, em forma de um abraço apertado.

Aquele que você sente ao fechar os olhos, abrir os braços em arco, e fechando lentamente como um leque.

Abraçando bem forte, o invisível e a si mesmo.

Mas o que não é explícito aos olhos, não significa que seja inexistente no coração.

Que seja o abraço mais terno e que tenha sentido no meio da confusão dos dias.

Se não for abraço, que seja flores. Muitas flores.

Caindo do céu, brotando do chão, enfeitando seus caminhos… Mas que sejam flores.

Flores para te fazer sorrir.

Flores para te fazer chorar.

Flores para te compor.

Flores para revelar a essência de seres flor.”

Originalmente publicado em:

https://deixecrescer.wordpress.com/2015/12/19/flor-always-flor/