Entrementes...

Há instantes que minha mente quase se esvazia. qual o mar na iminência de um tsunami.
As águas se afastam da orla.... primeiro aviso, nada de sirenes...

Um silêncio... um não pensar...
E quem depende de meus pensamentos para se banhar?
Somente eu...
As constantes ondas, de repente, somem e parecem dirigirem-se a um local de concentração...

Lá receberão ordem para ajuntarem-se, crescerem e debandarem, qual estouro de mil boiadas. 
Assemelha-se a um desabafo de milhões de mega-hertz, que limpa a cabeça louca.

É o que ocorre em meus entrementes, de sons, cores, visões, sabores e odores umbralinos.

Um turbilhão de arrasos em mim se faz, mesmo estando tão distante o originário epicentro...