TEMPESTADE SELETIVA
 
O céu era
abrasador
O ar quente enrouquecia
Difícil
respirar
As pessoas transitavam suadas
Buscando sombras e sorvetes
Água pura e mais geladas bebidas
De repente
congelei inteiro
O ar me  f
                 a
                     l
                         t
                            o
                                 u

Parecia que o céu
            de
      sa
              ba
          ra

Em gotas fortes grossas e frias
O ardor em volta continuava
As gentes todas acaloradas

Você ali aos beijos com outro
E eu aqui
Sob uma
tempestade danada

 Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2015.
Cristina Gaspar
Enviado por Cristina Gaspar em 16/10/2015
Reeditado em 16/10/2015
Código do texto: T5417091
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