A MUSA FUGIU
Na imensidão airosa dos ventos
Na vastidão dos torpes pecados
A alma insana chora e implora
Na calada da noite escura e fria
Sonhos e pesadelos se fundem
Final dos profundos tempos
Tortuosos caminhos trilhados
Vertentes latejantes de solidão
Fúria de sentimentos arraigados
Nos mares infinitos dos quereres
Na eloquente busca dos saberes
Sequenciais atitudes sem nobreza
Impactam a mente muda e confusa
Vulcões de mágoas retumbantes
Planos traçados a muito desfeitos
Amores vilanias e sofrimentos
Torrentes de paixão e preconceito
Afloram sob o foco ora dormente
Silêncio em boca sedenta e morna
No corpo febril aflito e cativo
Ápices feitos clarões explodem
É chegada a hora do ócio final
Termina o veio da inspiração
A musa cansou e destronou-se
O poeta emudeceu solene
Seu tema partido ficou
Sem sentido
Sem memória
Sem clima
Sem motivo
Sem alento
Sem verso
Sem prosa
Sem poesia
Fim
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 29 e julho de 2015.
Na imensidão airosa dos ventos
Na vastidão dos torpes pecados
A alma insana chora e implora
Na calada da noite escura e fria
Sonhos e pesadelos se fundem
Final dos profundos tempos
Tortuosos caminhos trilhados
Vertentes latejantes de solidão
Fúria de sentimentos arraigados
Nos mares infinitos dos quereres
Na eloquente busca dos saberes
Sequenciais atitudes sem nobreza
Impactam a mente muda e confusa
Vulcões de mágoas retumbantes
Planos traçados a muito desfeitos
Amores vilanias e sofrimentos
Torrentes de paixão e preconceito
Afloram sob o foco ora dormente
Silêncio em boca sedenta e morna
No corpo febril aflito e cativo
Ápices feitos clarões explodem
É chegada a hora do ócio final
Termina o veio da inspiração
A musa cansou e destronou-se
O poeta emudeceu solene
Seu tema partido ficou
Sem sentido
Sem memória
Sem clima
Sem motivo
Sem alento
Sem verso
Sem prosa
Sem poesia
Fim
Cristina Gaspar
Rio de Janeiro, 29 e julho de 2015.