Pausando
Publiquei meu primeiro texto aqui em 18 de novembro de 2012. “Estradas”: uma abordagem poética numa crônica do dia a dia de muitas pessoas. Esta era a pretensão, talvez não tenha passado disso.
Iniciei de forma incerta, confuso ao receber comentários de pessoas de tantas correntes literárias espalhadas pelo nosso país. Eu nem sabia como retribuir, mas foi aprendendo e foi legal.
Foi gratificante este período.
Tenho tanto a agradecer como a comemorar o carinho e as amizades aqui feitas.
Aqui publiquei todos os poemas, em absoluta primeira mão, e que depois compilados resultaram em meu primeiro livro solo: Cabernet, lançado em 2014, pela Editora Aldeia Sul.
De forma que faço deste um momento especial!
Olho para trás e vejo que valeu a pena.
Acredito que chegou a hora de repensar sem tempo determinado para a retomada.
É isso, deixo abaixo um poema que gosto muito, apesar de não ser autoral gosto muito:
“É hora de partir, meus irmãos, minhas irmãs
Eu já devolvi as chaves da minha porta
E desisto de qualquer direito à minha casa.
Fomos vizinhos durante muito tempo
E recebi mais do que pude dar.
Agora vai raiando o dia
E a lâmpada que iluminava o meu canto escuro
Apagou-se.
Veio à intimação e estou pronto para a minha jornada.
Não indaguem sobre o que levo comigo.
Sigo de mãos vazias e o coração confiante.”
(Rabindranath Tagore)