INSPIRAÇÃO IN RAP

INSPIRAÇÃO IN RAP Revisitado

Por esta verdade eu berro e não corro entre o bem e o mal nem todo cachorro é um policial, mas tem policial que é um cachorro. Socorro!

Por esta verdade eu berro e não corro entre o bem e o mal nem todo cachorro é um policial, mas tem policial que é um cachorro. Socorro!

Por esta verdade eu berro e não corro entre o bem e o mal nem todo cachorro é um policial, mas tem policial que é um cachorro. Socorro!

Abro todo dia o jornal e não sei por onde começo a ler. A violência virou vendaval e o grande perigo é viver. É na rua, é no trem, é na escola, é no metrô... Outro inocente foi assassinado por mais uma besta que o sistema treinou.

Por esta verdade eu berro e não corro entre o bem e o mal nem todo cachorro é um policial, mas tem policial que é um cachorro. Socorro!

Por esta verdade eu berro e não corro entre o bem e o mal nem todo cachorro é um policial, mas tem policial que é um cachorro. Socorro!

Por esta verdade eu berro e não corro entre o bem e o mal nem todo cachorro é um policial, mas tem policial que é um cachorro. Socorro!

Um mano meu voltava do trabalho, andava pela cidade, sem maldade, sem malícia. De bobeira foi parado novamente pela polícia. Penso eu que esta história exige uma explicação. Porquê meganha implica sempre e somente com negão?

Já não se goza em lugar nenhum de um pouco de tranqüilidade. Sempre aparece um policia pra humilhar nossa dignidade. Será que para ser tratado com respeito por esse cão, é preciso que negro ande com uma calibre 12 na mão?

Por esta verdade eu berro e não corro entre o bem e o mal nem todo cachorro é um policial, mas tem policial que é um cachorro. Socorro!

Por esta verdade eu berro e não corro entre o bem e o mal nem todo cachorro é um policial, mas tem policial que é um cachorro. Socorro!

Por esta verdade eu berro e não corro entre o bem e o mal nem todo cachorro é um policial, mas tem policial que é um cachorro. Socorro!

E o que é que a gente faz com ele? Tira a farda dele.

E o que é que a gente faz com ele? Tira a farda dele.

E o que é que a gente faz com ele? Tira a farda dele.

Publicado originalmente em Cadernos Negros 13 – poemas, Edição Quilombhoje, 1990. Revisitado pelo Autor em 2007 e 2020.

Oubi Inaê Kibuko, Cidade Tiradentes para o mundo.

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