NOSSOS GRITOS

Os sonhos tangidos ao longe, tingidos de outras cores rubras, em secretos locais escuros tapando a visão e calando a boca que gritou e fe-la ouvi por outros ouvidos que também aprenderam o valor do grito.

A chama que chama, inflama e clama por um justiça deposta em quartos escuros, onde a baioneta servia de forma opressora, e os bicos dos coturnos encontraram rostos, estomagos, pernas e costas, numa "maltratança" desumana e fria.

E O GRITO?

O grito se fez forte, atravessou paredes, concretos de muros e balançou estruturas onde ostentavam os botões dourados e seus verdes caps perderam a sua "MANDANÇA" autoritária.

Eles sim, o grito deles calaram e o povo eclodiu, foi reparido, arrebentou a placenta, ressurge feito fenix, em meio a tantas cinzas de maus tratos vividos.

Quanto sangue engolido em soluços mudos agora era representado por quem não desistiu dos mesmos ideais e tantos sonhos.

Tantos gritos ecoados em verde, amarelo azul e (NÃO MAIS) branco, todavia, tingidos de vermelho enfileirados em trincheiras, agonizantes mas não recuantes da lida que o fez para sempre BRASILEIRO.