DesSes Caminhos

Se souber soubesse, haveria de haver. Passo como posso. Possivelmente possuído de posses passadas. Passariam os pássaros parvos. Parcas pacas pastando placas pacatas. Verdegrama que engana ao ver que engana, gana de ver, grana. Chama que arde ao flamejar que chama, clama por cama no drama que assanha. Não sonha jamais sobre a fronha, vergonha em gomas com aromas que aranha na teia arranha. Tateia piranha na sarjeta dos tetos. Testo o texto quase reto nos eixos do mesmo concreto. Se é dialético ou apenas epilético, foge patético no meio de prédios ociosos de tédio em assédio venéreo vomitando médicos remédios. Vou-me então. Voo com asas em brasas pelas casas destelhadas. Deste lado ladrilhos ladram nas ladeiras sem eiras nem beiras. Faço um fato e não sossego o facho. Faixadas faxinadas fedem no fendido frêmito. Fonte fostes forte! Agora forja na orla a escola que esfola pela pistola sua estola tola que rola na borda feito bola que é gosma. Arrota esta rota, rota feito roupa rouca. Roda a roda da roda rodada. Rodeados por cadeados em cadeias de aldeias em ideias de férias por conta de pilhérias inéditas, sérias controvérsias versadas por vespas vesgas em vendetas veneráveis. Vermes velhos vestem véu vespertino visando virarem netos.

Abro os olhos num ósculo óptico que é ópio insólito. Só isso e nada mais. Máscara drástica estática esbarra nas barras das saias e sai. Cai e distrai, ouvindo-se um ai. Queda que eleva e leva os ques existentes entre o vazio do eu com você. Vaza vadio hiato. Ingrato palhaço de sorriso guardado, grudado no espaço em pedaços cortados, costurados e separados. Parados emplastros engasgados em gajos mal trajados alimentados por resultados usados. Trôpegos tropicam em trópicos de câncer aqui e em capricórnio ali. Topo com tipos no topo. Todos são troços e torço o pescoço no esforço de um troco. Tolo mofo fodido no forro feito ferrugem que se abstém. Ninguém, ainda que neguem. Face a face a faca pede que faça. Fala tala rala, tagarela sem guela, favela viela que a vitela magrela espera na janela da ruela onde o nu vem dela. Naquela dança que é gingado que gado safado só faz expiar. Espirra e expira, espiralando até esguichar, rima da lima em cima da fita que finta a cinta na sina cínica da cívica sísmica. Cismados becos em trejeitos de leito estreito atolados no esterco do enxerto que o solo pede colo com os ossos que a terra há de retomar. Cada tomo é um tombo nos escombros dos desencontros que a vida tende a fazer rimar. Remando contra a maré, já que amar é...

Bruno Azevedo
Enviado por Bruno Azevedo em 18/04/2015
Código do texto: T5211875
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