Sem porquê
Era de um jeito meio sorumbático
Que ia passando por ali
Olhava tudo com preguiça
Nem entendi porque viera parar
Nestes recôncavos sem fim
Parece que lhe atiraram ali
Sem motivo certo
Talvez tivesse caído de um despenhadeiro
Não via muito sentido naquilo tudo
Borboleta, passarinho, rio, pedra, ar
Menino que vira homem, talvez nem ainda seja
Perdeu a noção do tic tac
Andava só por andar
Nem tinha estrada certa
Mas ouviu ao longe que precisava continuar