Ébrio rancor
Não te apoderes jamais dos ares meus
Não te intrometas num espaço que não é teu
Factual vicissitude do vício
Pernicioso acaso que nos cruza o tempo
E tira a paz
Segue teu caminho
Cala teu canto
Vesgues teu olhar pra longe do meu
A tua presença incomoda
À tua partida deliberadamente ébria
Contrastes de um mundo são
Devassidões esquecidas no porão
Partas daqui
Saias já deste caminho
Não atropeles o rancor tão meu
Se é minha
Dessa vida cuido eu
Vais daqui com esse teu charme devasso
Lascivo pandemônio habitual
Segues teu rumo
Não o quero a roubares este meu eu