Ébrio rancor

Não te apoderes jamais dos ares meus

Não te intrometas num espaço que não é teu

Factual vicissitude do vício

Pernicioso acaso que nos cruza o tempo

E tira a paz

Segue teu caminho

Cala teu canto

Vesgues teu olhar pra longe do meu

A tua presença incomoda

À tua partida deliberadamente ébria

Contrastes de um mundo são

Devassidões esquecidas no porão

Partas daqui

Saias já deste caminho

Não atropeles o rancor tão meu

Se é minha

Dessa vida cuido eu

Vais daqui com esse teu charme devasso

Lascivo pandemônio habitual

Segues teu rumo

Não o quero a roubares este meu eu

Fernanda Garoli
Enviado por Fernanda Garoli em 06/11/2014
Código do texto: T5025599
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