Festa de tristezas
Em uma rua chamada Alegria, havia uma casa e na uma festa. Uma festa onde ninguém sorria, Constituída por gente que não presta. Era o tipo de festa que ninguém ia, Nessa não haviam muitas belezas, Como eu disse, “ninguém sorria”, Bem-vindos a festa de tristezas!
Na festa, Encontrei o “destinatário de um narcísico”; O sujeito de “O Rato”; Minhas amigas de ideais empíricos; E o casal do “Amor desmanchando no vento após cristalizado”.
Olhava com minha cara de nojo, para toda gente tola! Gente que se achava esperta. Na festa também encontrei, Lord Byron , Castro Alves, E a original Maria das Dores Fixando-me aquele olhar, do tipo, “É, poeta!”
Só se tocava-se Beethoven na festa, Analisei os únicos dois convidados membros da orquestra:
A cellista
Não gostava de crianças,
Nelas batia com o arco,
Por não ter a esperança
de um dia ter crianças
para dar beijos e abraços.
O maestro queria ninguém por perto,
contentava-se com a batuta,
Os seus músicos roubava,
Nem por um decreto amava,
Era um filha da put*!
- Credo!…
Sofia, quem a muito tempo sofria, me olhava como Capitu, “Olhos de ressaca”, a lágrima descia E ela não falava. Que a casa era invisível na Rua Alegria, Só a enxergava e era convidado à festa, Quem merecia. Resolveram tocar a tal da “dance of the death”.
Fui convidado para dançar, Com um chamar ( onomatopéia do ar) sexy no meu ouvido, "Veeeenha…" Ela mesmo quem me escolheu… Maria da Penha. Depois dos de solidão, Seu ideal empírico… Resultou-se a estar com o seu marido, de quem tanto apanhar. Problemas de coração; Comendo as migalhas que caiam no chão; Usuária de crack, diarista, que para sustentar seu vício, morava sob pontes, dormindo com a cara na ama. Por mais bela que Maria fosse, eu não tinha coragem, Olhava para todos aqueles hematomas, Pensava comigo, "Não vou levá-la para cama."
Da Penha perguntou:
- Sabe o por quê de está aqui meu lindo?
- Não, eu não sei, estar aqui…
eu não merecia…
Adeus! Já vou…
- Espere!
O sujeito de “morte pretérita”,
foi ele quem o convidou.
Pensei comigo, “Será que quando criei aquele desgraçado o néscio não o matou?” Fiquei louco, Comecei a quebrar tudo! Empurrei a todos os que estavam na minha frente. E quando abri a porta, vi o absurdo…
O som de um trovão; A chuva fazendo lama no chão; Aquele arder de sentimentos,Queimando! Comprimindo meu coração; O esbugalhar e chover de lágrimas dos meus olhos. Agora eu entendia… Não era a chuva, e Sim o choro de Anjo que se arrependia. No céu, Na terra, No inferno, sobre e sobre a casa na Rua Alegria.
- Quem merecia?
Também, mas…
Por que eu queria?
Ninguém cantava, ninguém sorria, Eu estava na festa, eu de fato merecia. (Começou a tocar aquele magnânimo riff dos Beatles,
"I want you so bad babe")
Em meio esse cenário de destruição, Eu de joelhos no chão caia, o sujeito do morte pretérita e Maria Me puxaram levemente pelo braço e ele disse,
- se quer acabar com tudo isso? Quer acabar conosco? Não faça de um filme a tua vida, Controle teus sentimentos e organize as ideias em tua cabeça.
Bem-vindo a festa de tristezas!