O sacro.
Estou sim, no fogo das paixões mais desenfreadas.
Estou sim, na busca das razões mais recalculadas.
Tem mais de mim, nas questões sem solução;
Nas respostas surpreendentes e sem noção,
mas que acalma toda tempestade no coração.
Sou assim, por dizer, o milagre, ainda que profano.
Sou enfim, por fazer, o resgate, ainda que insano,
incerto e fugaz, sou como a devolução da vida;
a certeza de que amanhã não haverá feridas...
Sou algo tecnológico e neolítico como Midas.
Sou o próprio mito que se sacraliza;
Sou posse de quem necessita e precisa;
Domino tudo que transcendo;
Queimo tudo que acendo
e sendo, ascendo.