Vou indo, vamos nós
 
O homem é o que sempre foi,
Desde quando veio ao mundo,
Hora frio, obscuro, infecundo,
Foi criado perfeito e imperfeito.
Deste, nada sabe-se direito,
Nem mesmo da sua criação,
Hora alto fala a emoção,
Quando sucumbe ao apego.
Hora mais alta é a razão,
Quando suplanta o seu medo,
Sentimento! Diz ser no coração,
Enquanto o cérebro destoa,
Sai do seu nível atoa,
Não sabe tirar proveito.
Vai indo sem fé, sem jeito,
Na busca da direção,
Mapeou seu coração,
Sem lhe explicar direito,
Vamos indo todos nós,
Sem credo, sem fé, sem jeito.
 
      Rio, 08/08/2014
    Feitosa dos Santos