POEMA ENXERETADO

" O país real, esse é bom, revela os melhores instintos;

mas o país oficial, esse é caricato e burlesco"

( Machado de Assis - "Diário do RJ" - 29-12-1861)

Composto sob inspiração poética para uma campanha de doação voluntaria para pesquisa aplicada (Método RANDOM-4S), uma descoberta cientifica da linguística Brasileira, capaz de cumprir a missão de transformar o Brasil em uma nação bilíngue. 50% do texto é original de Nicola S. Costa, poeta e professor da rede municipal de São Paulo, adaptado por mim.

POEMA ENXERTADO, escrito em 26/07/2014.

Tem um verso que é roubado

De um texto do Machado

O poema do Nicola, na cola foi emendado

E ao tema principal, ambos direcionados

O país real é bom e revela o melhor instinto

Mas o país oficial é caricato e burlesco

Só pra rimar digo e não minto

Quero o apoio da UNESCO

O mal de nossa terra está

entre ser alguém e ser ninguém:

poucos serem alguém COM,

muitos serem ninguém SEM.

Mande a sua ajuda

para o menino Brasil.

Endereço: qualquer rua,

o número é quatorze e dois mil!

A conta-corrente é da caixa

0411 é a agência

45040- 8 é o número

o valor, sua consciência

Se não quiser ajudar

então fique de quina pra lua!

Depois não venha dizer

que a culpa não é sua!

Se você prestar atenção

de onde vem essa voz,

ela vem bem lá do fundo,

de dentro de todos nós !

Esta criança é um milagre,

Só parece que é um bebê !

Tem mais de quinhentos anos

E se parece com você !

Mas ela tem um segredo

que vem do passado escuro:

ela é nosso presente,

pra ter um novo futuro !

Vamos, menino Brasil !

Vamos tudo agora mudar!

Vamos recomeçar a luta

Para a justiça linguística implantar !

O modelo para seguir

Está em nossa memória.

Vamos seguir Canudos

Porem, avançar na História !

Não com separação e guerra

Nem arma convencional

Apenas com o intelecto

Pra luta ser triunfal

Novas línguas aprender

Nesta aldeia global

Vale mais do que querer

Fundar um novo arraial (de canudos)

Um profeta e um poeta

Do mesmo estado natal (Ceará)

Conselheiro do sertão (Quixeramobim)

Alencar da capital (Fortaleza)

Um usou fuzil e a espada

Pra sua lei consagrar

Outro usa a pena e a fala

Pra suas batalhas travar

Há uma grande contradição

Que é tão difícil aceitar

Um país que quer crescer

Sem permitir inovar

Um é o Brasil real

Que cria, inventa e inova

Outro é o oficial

Que castra, reprime e reprova.