Suavemente

E assim meio sem querer

Com a lembrança ainda quente

Numa noite em que o frio fazia tremer os ossos

O passado foi passando

A dor atenuando aos acordes do violão

O sorriso franco, o olhar cúmplice

Ela só queria deixar passar

Esquecer a mágoa

Deixar escoar a dor da ausência

E assim devagarinho o sorriso voltava

Embora as vezes a lagrima insistisse em turvá-lo

Ele ainda pulsava ardente em seu peito

Era ainda como tatuagem a queimar na pele

Mas ele se fora por vontade própria

Ela tinha feito o impossível

Agora era tratar de deixar o sorriso voltar

Quem sabe aquele moço bonito e tranquilo

Quem sabe a música voltando

A vida também não voltasse

Quem sabe um passo de cada vez

Quem sabe...

Suavemente

Fernanda Garoli
Enviado por Fernanda Garoli em 14/07/2014
Reeditado em 14/07/2014
Código do texto: T4881325
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