Suavemente
E assim meio sem querer
Com a lembrança ainda quente
Numa noite em que o frio fazia tremer os ossos
O passado foi passando
A dor atenuando aos acordes do violão
O sorriso franco, o olhar cúmplice
Ela só queria deixar passar
Esquecer a mágoa
Deixar escoar a dor da ausência
E assim devagarinho o sorriso voltava
Embora as vezes a lagrima insistisse em turvá-lo
Ele ainda pulsava ardente em seu peito
Era ainda como tatuagem a queimar na pele
Mas ele se fora por vontade própria
Ela tinha feito o impossível
Agora era tratar de deixar o sorriso voltar
Quem sabe aquele moço bonito e tranquilo
Quem sabe a música voltando
A vida também não voltasse
Quem sabe um passo de cada vez
Quem sabe...
Suavemente