Insegurança

Resquícios do passado que se fazem sempre presentes.

Prevenção ou trauma?

Medo ou precaução?

Ela caminhava as horas mudas, com o apelo ao coração, quem sabe à razão, que a ajudasse a se definir.

Eram horas mortas de desassossego. Apreensão, confusão, destino?

Ela temia o que dizia não temer. Foram tantos e tantos fracassos, tantas e tantas mentiras e decepções. Estas mesmas que a fizeram crescer, a deixavam agora, nesse novo e mágico momento, tão insegura e indecisa.

Como se rompe um ciclo? Como se cura um vicio?

O que é certo e o que é errado?

Onde vai a verdade, onde começa a mentira?

Questão de pontos de vista? Questão de caráter? Questão de sentir-se digna? Questão de merecer?

Ela tinha que libertar-se desse nós que a prendiam , das desgraças que se foram... que ficaram para trás?

Ela queria tanto ter coragem de se entregar de alma e vida... Ela quer tanto libertar-se nesta prisão que a faz feliz...

Ela precisa acreditar. Ela precisa ter de volta aquela certeza que o tempo roubou..

Fernanda Garoli
Enviado por Fernanda Garoli em 21/05/2014
Reeditado em 21/05/2014
Código do texto: T4814158
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