Insegurança
Resquícios do passado que se fazem sempre presentes.
Prevenção ou trauma?
Medo ou precaução?
Ela caminhava as horas mudas, com o apelo ao coração, quem sabe à razão, que a ajudasse a se definir.
Eram horas mortas de desassossego. Apreensão, confusão, destino?
Ela temia o que dizia não temer. Foram tantos e tantos fracassos, tantas e tantas mentiras e decepções. Estas mesmas que a fizeram crescer, a deixavam agora, nesse novo e mágico momento, tão insegura e indecisa.
Como se rompe um ciclo? Como se cura um vicio?
O que é certo e o que é errado?
Onde vai a verdade, onde começa a mentira?
Questão de pontos de vista? Questão de caráter? Questão de sentir-se digna? Questão de merecer?
Ela tinha que libertar-se desse nós que a prendiam , das desgraças que se foram... que ficaram para trás?
Ela queria tanto ter coragem de se entregar de alma e vida... Ela quer tanto libertar-se nesta prisão que a faz feliz...
Ela precisa acreditar. Ela precisa ter de volta aquela certeza que o tempo roubou..