Um homem maduro

És tão bela Ana!

Ou quem sabe te chames Patrícia?

Ou Maria, talvez... Luciana, Teresa,..

Valderez, Taciana, Letícia.

Seja francesa, inglesa ou portuguesa...

Tens um sorriso tão encantador, tão cativante...

Em teu ser, nada denuncia,

exceto tuas palavras, esse desencontro,

essas tuas não-coisas.

Essa tua doideira irritante...

Esse teu arrependimento errante.

Esse teu disfarce constante...

Esse teu descompasso

entre a vida e o instante.

Essa tua completa piada.

És um ser inquietante.

Por que estás a penar?

A vida nos chega,

pra em goles beber,

todo seu néctar.

Juntos ficarmos,

Será só prazer,

isso posso te prometer.

Não vivemos na Terra para sofrer,

só temos na história uma missão:

chegar ao céu, que é a perfeição.

Agora te convido a comigo vagar,

por todos os cantos que puderes chegar.

Nossos corações, em sintonia ficaram,

com tuas não-coisas, que aqui chegaram.

Em tua loucura de aprendiz de ti mesma,

vives agora como uma lesma,

que sofre por não encontrar,

um homem maduro a quem possas amar.

* * * * *

Este texto foi escrito inicialmente para uma Ana em particular, e que sabe que o escrevi. Mas depois pensei: nada impede que seja lido por Patrícias, Lucianas, Marias, Teresas ou quem quer que seja. Então depois modifiquei-o incluindo outros nomes. Se você se identificar com o texto, imagine ter sido ele escrito pra você, e substitua o nome Ana pelo seu próprio.

Alberto Valença Lima
Enviado por Alberto Valença Lima em 21/04/2014
Reeditado em 31/12/2015
Código do texto: T4777490
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