AS LÁGRIMAS QUE EU NÃO CHOREI
(Samuel da Mata)
Choro e não tenho vergonha de chorar
Chorei e chorarei de novo, quando minha alma traspassada pela dor em pranto se derreter.
Chorarei os sonhos desfeitos e as ilusões perdidas, para que o borrão da vida se reescreva.
Chorarei a angústia dos desassistidos, a dor dos enfermos e orfandade dos inocentes.
Chorarei a extinção das espécies, a poluição dos rios o estrangulamento do planeta.
Mas não posso chorar
Não posso chorar a confiança traída, a inocência vendida e as acusações falsas e levianas.
Não chorarei a violência orquestrada e repetitiva, os votos comprados ao preço da miséria.
Não posso chorar a estupidez humana, o egoísmo fratricida e o canibalismo econômico.
Não posso chorar as obras abandonadas, os hospitais sucateados, as sentenças compradas, aos desvios de verbas e a impunidade dos poderosos.
A isto eu tenho que odiar de toda minha alma e enojar-me até transbordar em vômito.
(Samuel da Mata)
Choro e não tenho vergonha de chorar
Chorei e chorarei de novo, quando minha alma traspassada pela dor em pranto se derreter.
Chorarei os sonhos desfeitos e as ilusões perdidas, para que o borrão da vida se reescreva.
Chorarei a angústia dos desassistidos, a dor dos enfermos e orfandade dos inocentes.
Chorarei a extinção das espécies, a poluição dos rios o estrangulamento do planeta.
Mas não posso chorar
Não posso chorar a confiança traída, a inocência vendida e as acusações falsas e levianas.
Não chorarei a violência orquestrada e repetitiva, os votos comprados ao preço da miséria.
Não posso chorar a estupidez humana, o egoísmo fratricida e o canibalismo econômico.
Não posso chorar as obras abandonadas, os hospitais sucateados, as sentenças compradas, aos desvios de verbas e a impunidade dos poderosos.
A isto eu tenho que odiar de toda minha alma e enojar-me até transbordar em vômito.