Mônada
Retirado o lacre do seu simulacro: alimento d'alma estragado. Alguém lhe porá na geladeira. Negue calor a quem lhe dá zelo, o pior pesadelo é ocultar um bem sagrado. Ninguém escolhe o que sente, se ódio ou amor velado. O nunca dito é sempre mal interpretado. Siga suando nas mãos, virando a vista, evitando o beijo. A verdade é assim que se apresenta, em fogo brando, banho-Maria, ave! Ninguém é santo alto. Mistério desvelado. Cova rasa, cave. Mate-se quem puder. Só não dou de comer à culpa fria, que minha ânsia de viver é prova rara. Se quer construir nova casa, destrua. A felicidade é chantagiosa, oferece o prazer novo em troca do alicerçado. O certo estagna, produz o errado. Relativo tudo. Nada é só a sensação que fica no arrependimento do acomodado. Decida ou desça. Você está em pleno vôo e lá não há freio de não. Dirá Sim?