VISITA AO RIACHO
(Samuel da Mata)
Levarei minha alma para contemplar o riacho;
Ver como passam as águas rasgando a floresta;
Ver como degelam as montanhas em rios de mágoas
E os soberbos picos em corredeiras de lágrimas;
Para ver que as flores viçosas também murcham
E tudo que é verde, um dia amarela e cai;
Ver como novos brotos aos que morrem ignoram
E que mesmo as pedras, vem o vento e as desfaz.
Ver os raios derribando árvores centenárias
E os galhos se moldando à fúria do vento,
Ver ninhos abandonados pela prole criada
E a falência das pontes apodrecidas no tempo.
Para ver como hibernam as fantasias de amantes;
E como morrem os sonhos em chuvas de desatino.
Ver quão pobres e quão cegos são os arrogantes;
E que nas mãos do Senhor é que está meu destino.
(Samuel da Mata)
Levarei minha alma para contemplar o riacho;
Ver como passam as águas rasgando a floresta;
Ver como degelam as montanhas em rios de mágoas
E os soberbos picos em corredeiras de lágrimas;
Para ver que as flores viçosas também murcham
E tudo que é verde, um dia amarela e cai;
Ver como novos brotos aos que morrem ignoram
E que mesmo as pedras, vem o vento e as desfaz.
Ver os raios derribando árvores centenárias
E os galhos se moldando à fúria do vento,
Ver ninhos abandonados pela prole criada
E a falência das pontes apodrecidas no tempo.
Para ver como hibernam as fantasias de amantes;
E como morrem os sonhos em chuvas de desatino.
Ver quão pobres e quão cegos são os arrogantes;
E que nas mãos do Senhor é que está meu destino.