SÓ AGORA VOS ESTOU A CONTAR

Na minha ignorância, fui mau,

Agressivo, de poucos cuidados,

Pensando somente em mim,

Até que prometi, nunca mais

jamais, levantar a mão, contra

Outrem. Assim foi, mas o passo que

dei, foi esconder-me atrás

do ilusório, porque me acalmava

E pacífico me deixava.

Merecidamente, tudo perdi, como

Devido castigo, até que, no fundo,

Vi que, afinal, eu não era mau

Apenas não sabia lidar com meu eu.

Sofri e fiz sofrer: minha mãe, meu pai,

Todos quantos me queriam bem,

Até que conjuguei, o verbo amar,

E resolvi me entregar, somente

Ao bem reinante, dentro de mim.

E fui amor, o vento que colhe e acaricia

o rosto, daquele que sendo só,

só já não estava mais, porque

a poesia, então, suavemente, já cantava.

Hoje, não importa mais, eu sou pra mim,

Indelevelmente, sou-o para minha mãe

Alguns amigos, de grande coração.

E, se houver quem isto não entenda,

Sirva meu passado de emenda,

Para perceber, que são esses caminhos

Que tenho de percorrer,

Para que haja em mim, algo porque viver.

Jorge Humberto

12/12/2013

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 13/12/2013
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