APAIXONAR-SE
(Samuel da Mata)
Namorar é uma arte, mas apaixonar-se é algo subconsciente, é uma psico-dependência de alguém baseada em critérios imaginários criados pela carência oculta em cada um de nós.
Em todos nós há sempre um vazio intangível e desconhecido à razão, oculto nas recamaras de dos nossos desejos, pronto a explodir em carência quando menos se espera. É algo assustador e insano como um grande vulcão adormecido.
Não dá para entender; Como alguém que se achava completo e seguro de si, desaba de repente diante de outro ser, como se tudo o que seja ou fosse se torne agora apenas um imenso vazio?
Apaixonar-se é o abandonar do concreto e consciente por algo utópico, imaginário e inexistente. Na verdade, os amantes são todos alienados. Entorpecidos por desejos ocultos capazes de fazerem do ser venerado o símbolo da perfeição e beleza, baseados em parâmetros indescritíveis e fantasiosos, mas ai de quem ousar censurá-los.
São loucos os apaixonados, mas são de fato felizes e jamais buscam a cura para si. Todavia, quando por algum motivo a febre passa, se enchem de ódio e amargura por perceberem o quanto foram iludidos por seus próprios sentimentos. Entretanto, todos eles carregarão para sempre na alma uma saudade imensa dos seus tempos de insanidade.
(Samuel da Mata)
Namorar é uma arte, mas apaixonar-se é algo subconsciente, é uma psico-dependência de alguém baseada em critérios imaginários criados pela carência oculta em cada um de nós.
Em todos nós há sempre um vazio intangível e desconhecido à razão, oculto nas recamaras de dos nossos desejos, pronto a explodir em carência quando menos se espera. É algo assustador e insano como um grande vulcão adormecido.
Não dá para entender; Como alguém que se achava completo e seguro de si, desaba de repente diante de outro ser, como se tudo o que seja ou fosse se torne agora apenas um imenso vazio?
Apaixonar-se é o abandonar do concreto e consciente por algo utópico, imaginário e inexistente. Na verdade, os amantes são todos alienados. Entorpecidos por desejos ocultos capazes de fazerem do ser venerado o símbolo da perfeição e beleza, baseados em parâmetros indescritíveis e fantasiosos, mas ai de quem ousar censurá-los.
São loucos os apaixonados, mas são de fato felizes e jamais buscam a cura para si. Todavia, quando por algum motivo a febre passa, se enchem de ódio e amargura por perceberem o quanto foram iludidos por seus próprios sentimentos. Entretanto, todos eles carregarão para sempre na alma uma saudade imensa dos seus tempos de insanidade.