Tecendo uma teia...
Vejo tanta coisa estranha no mundo
que me sinto uma estranha
nesse mundo estranho
Não sei mais em que mundo estou
Não sei o que quero
nem o que querem as pessoas
Me vejo embrulhada numa colcha
de retalhos rasgada e com pedaços
por todos os lados
O mundo me segue e prossegue confuso
entre teias de aranha
Há teias por todos os lados
Eu vejo...
E vejo os retalhos da colcha
voando por todos os lados
E eu, aqui, tecendo uma teia
que possa prender os retalhos que voam
Tecendo uma teia e embrulhada na colcha
de retalhos, rasgada...
Agora me pergunto o que eu sou
Sou a colcha, sou os retalhos
a confusão, a aranha ou a teia?
Não sou nada...
Serei tudo?
Ou, talvez
um pouco de cada coisa
Talvez...
Eu sou alguma coisa, eu sei
Não, eu não sei
Eu nada sei...