Comecei escrevendo por necessidade, buscando a mim nas palavras, um exercício para o meu próprio conhecimento. Depois me encantei com as palavras e hoje escrevo com gosto. Às vezes não me encontro naquilo que escrevo, mas sei que, de alguma forma, eu estou ali. Nestes momentos vejo as palavras como um filho que eu pari e que assumiu sua identidade própria. Saiu de mim, mas se construiu, se moldou quando se libertou.
Não sei escrever medindo palavras, seguindo regras, me enquadrando, é uma limitação minha. As palavras saem e como saem eu deixo que fiquem, às vezes são tão pueris, em outras trazem um sentimento profundo. Elas são um pouco de mim e assim sou eu, confusa, como às vezes são as minhas palavras...