V DE VIRTUDE
Viveu o vivo de vida vivaz com valor
Valeu a vitória dos vencidos
Daqueles que jamais venceram com violência
Voraz, virulenta
O vento veloz visgou (veia e vômito)
O vagaroso veio mais suave
A inválida vingança vendeu o vivente por valor de vândalo
Ele que viajou por vales e vilas
E valente avaliou o valor da vida como tendo mais valor que todo o vau do Jabor
Aquele que avaliou a vantagem de ser vetusto
Se você o visse como eu o vejo, você veria a necessidade de ver melhor e ser
Mais vivo e menos frouxo
Mais ao vivo, menos virtual
Mais ventre, menos vazio
Mais voar e menos víbora
Mais vontade, menos cobiça
Mais vitelo e menos vermes
Mais versos e menos vícios
Às vezes você se vê com vontade de voar sem via certa. E volta
Que desperdício!
Às vezes você se vê com vontade de voltar e desiste
Que idiotice!
Às vezes você se vê com vontade de desistir do vício e desiste
Que triste!
Às vezes você não se vê com vontade de mais nada
Qual tua verdade? Cansaço ou preguiça?
Às vezes você não se vê como se via e vaza a própria veia
Nem se valoriza
Vês outros de ventres vazios e não sacias
Vês o vírus varrendo vidas e não vacinas
Valoriza-te e valoriza
O vigia do pós-véspera não espera
Se deixares de ser volátil de vontade, vencerás qualquer vilania
Tenha vontade firme, pois não terás de vencer qualquer vilão de videogames
A vitória dos valentes é mais vagarosa. Mas é o que vale!
Porque a vida só é bem vivida quando esta mesma vida se encontra na vida de outra vida que, porque se valoriza,
é capaz de valorizar toda vida
e a vida toda
Pois é capaz de valorizar tudo o que é vida, porque vê que a vida é tudo
A vida é tudo o que não se vê, mas se venera no invisível
A vida é mais que o visível
O visível tem a vida que a vida invisível é
O Invisível quer que o visível tenha a vida que ele mesmo tem
O Invisível quer que o visível tenha vida verdadeira não tendo a mesma vida de antes
O Vivente para os vivos quer mais vida
O Vivente vela pelos que estão perdendo a vida
No tempo do Vivente a vida tinha mais valor
A vaca valia o que a vacinação não vaticinou
Vã é valor de vacaria sem vigor
Vadeou o vau da velha via de vizinhos valentes
O vade-mécum não valoriza vadiação
O vento virou vagalhão, o vagaroso virou vegetal
A vagem vazia não vingou a vida
A vida vingada não valida uma vidraça vazada
O Vigilante vê: onde a verdade não veio, nem valentia valeu
Virarás um valdevino valentão, mas não valerás um vintém
Por seres um homem sem valores, serás tu homem sem valor
Nem valete nem vampiro
Por tantos vaivém, vaiaram tua vagadez
O vandalismo não te dará vantagens
Vangloriar-se de varar um velho é vender a varejo
Para variar a variz de tuas veias vazará o vinho violeta de tuas veias
Uma vasa vasta vertiginosa não me deixa veranear com as vergonhas à vista
A vida quer que eu me vista
A vida me avisa, mas a vontade é mais viva
A vocação do varão tem muitas versões
O v na vulgata é cinco
O v da verdade é um vínculo
O veículo da morte nunca desvia o alvo
Diante dela ninguém está a salvo
Não me venha com um veredicto falso de mil dados viciados
Vela o velório e sua velhice, visse!
A tua verdade é dez, a minha é vinte
O verão de luz vem a troco de muitas trevas invernais
A verdura dá mais vida que víveres industriais
Para de tua verborragia e cuida logo de tuas hemorroidas
As Vedas não se vendem
As vacas da Índia são mais que vestais
São mais que veneradas e por isso são muito mais venustas
A tua ventosa é mais nossa do que você possa visualizar
Os vasos vazios não contribuem para um mundo mais frio
O Deus dos vulcões é Volcano
Com v mil volts, entro pelo cano
Vênus não é muito devota das virtudes virginais
E os varões preferem as obtusas vaginais
O valor não se avalia por venal ou não venal
O valor de uma vida vale mais
A única venda que se vê não se veste de vedete como um veeiro
Veementemente o vício é o veículo mais veloz para o assassínio
Uma veleidade vê uma veiga e viaja
Mas a virgem não enxerga a vida e se mata
O velocímetro do velocípede vencido é menos vendível
A válvula do veículo vizinho é mais vistosa
Não é vantajoso vencer o vencimento
O veneno veloz vem veludado
Venoso ou venial, nenhum veneno é venerável
Nunca ouvi falar que veneno tem validade, prazo de vencimento
As coisas boas de verdade parecem durar menos
O vendaval vem com vendas na vista: veste a viga e desveste o vigarista
A visão intravenosa de um verdadeiro verboso é um verdugo para a vaidosa vaidade dos vadios
As vogais vocalizam a verdades contidas nas não-vogais
Venturoso mesmo é um vereador verdadeiro, mesmo se não venusto
Um dia verás que vale mais a voz muda do ventríloquo
Que a verbosidade ilusória dos macacos nos palcos públicos às vésperas dos votos avulsos
A vez do voto faz voltar o verde-advento do vergel
Vai, sai e versa sobre a véspera do que é vertebral na vida
Seja um visionário! Viva ao menos uma verdade!
Ventila verdades no ventilador e não se importe com o tempo
que o vento mais livre nunca viu governador, governado nem governo
Das vicissitudes do vice-versa da videira viga, nenhum vigarista vai vingar
Nenhuma vespa vai vigorar
A vilania não terá viço
A vida terá seu viés
O vil violará o vime, mas com ele, o vínculo com o vindouro
O violão não vibrará em vão
A visagem do violento será varrida
A virtude varrerá o viperino
A virgem terá viril virtude e viverá amiúde
O vernáculo é o verniz do vero
A vértebra do verso é o meu reverso que se veste de verossímil em mim
A versão do vestiário vestal não veste bem uma vesânia
Venho de uma vila, e sua vida era só via sacra, o viático e a virada de vida
O véu da Verônica provou o quanto a vontade é grande
O vegetariano pouco a pouco vira um varano
O meu verbo ser é só vestido de vexames
A vara do vaqueiro ventila dor
Suas vibrações ferem minhas ventosas na varanda
Quem velará pelas nossas crianças e o nosso gado com mais trato que nós mesmos?
Há variedades variáveis de vassalagens
Escravos de homens, temos aos montes
As vargens são virgens que deram vazão aos brios de um rio
O vidente viu o varonil com vontades vis
A vassoura para varrer para as vizinhanças de seus não vizinhos os vistosos vadios
A valsa varsoviana nunca varia
O meu ventrículo também nada disso
Vacante o céu não se tornou
A terra vacilou, vacilou, mas melhor avaliou a vantagem de continuar
Vivendo com o mundo dos anjos voando, voando
Veja que a vala de vossos viadantes vazia valia vezes mil
o que no vigente não vinga o valor de uma vitamina vendida em varejo
Veja quão poucos vales!
Veja quantas vilas a menos temos de vida simplesinha e de parcimônias pacificadoras!
Nelas o meu viso já foi de vitalidade
Já nas cidades e cidadezinhas o visor da TV tem sido uma viseira para uns tantos e tantos
valorizando o visceral, a viuvez das sogras e a vistoria sem sentido de uma polícia bandida
e de uma política fria, mas nunca econômicas
Tira, imbecil, de teu vocabulário a vodka e o vinho se não podes viver por eles
Eu vi: Vez por outra tu vens e divagas com o vigarista sem um vintém:
Vem e vamos jogar um voltarete com um visconde pouco vivo e bem bêbado
Não me venha com essa de vultuosidade, que o vultoso vurmo e vermes não deviam da virtude nem o mais podre dos abutres
E não te tenhas por um grande vulto
que em todo esse mundo vesano todo mundo é vulnerável
Porque até eu bem antes do meu eu vigente, já havia vislumbrado de mim uma tal vitalidade
uma sem igual vivacidade, que hoje tudo no meu tempo é tarde
Eu era vitória-régia no ventre da selva
Mas hoje, onde está meu vitalismo que já era?!
Vem, vitiligem das trevas, leva embora minhas viseiras
Deixam-me cego
Avante! Avante! Vagalume de vagos vagidos!
Ventanias vem e vão!
Vitoriai a voz da vez do vulgar e vai brindar com vinho no vinhedo
e convida o vinhateiro para que saia de sua vivenda
venha ver o véu retirado da dor e o caminho do verdadeiro amor sem vielas
Faz-me lembrar que sou vida do divino a esperar de novo corresponder ao meu destino de um vivíparo
E viva em paz ao lado de meu Pai - para o infinito
Percebe, meu amigo, o quanto somos ricos
Veementemente, levantou a voz o vidente que vos fala
Ele viu. E não se calou