Stanislaw Azir. Um nome forte para um homem fraco. Um nome alto para um homem baixo. Sou alagoano e pernambucano.
Perfil, fronte e verso
Tenho olhos de índio boca negreira nariz da Europa.
Perfilado, meu crânio é africano Frontalmente, é caucasiano O raio x de mim só revela o que me é interno mas não o interior que eu prezo.
Minha estatura é meia-boca já minha boca...
Minha barba é rarefeita imperfeita, como queira. Minhas unhas, femininas, como dizia minha tia Nena. Cabelo no peito me falta por inteiro. Cacheado quando cresce, Cavanhaque bem feito.
Uso óculos de astigmático. Sou estigmatizado por muitas traquinagens de infância. Minhas veias são tão cheias que meu corpo inteiro é uma tela em alto relevo. Tatuagem não quero, sou doador. Friento, sem ser de sangue frio. Mas sangue quente também eu não tenho, sou paciente, apesar de não ser quieto.
Meu IMC dá 19, mas não me pergunte meu peso, que eu não gosto. Não sei nadar, mas sou afoito, tanto que uma vez quase afogado. Onde quero morrer? Em Porto Calvo, onde tive meu começo.
Sou tio de mil, primo de sete (mil) Adoro crianças, mas não tenho filhos.
Se precisar de mim, leve-me embora. Se não for a hora, não me acorda.
Meus olhos são escuros, meus cachos ainda mais. Não tenho um só gosto de música ou filme e beleza E se eu namorar uma menina feia, escolherei Lisa Só pra combinar com minha condição de Liso.
Moro em Muribeca, mas dizem que moro no lixo. Vivo em Jaboatão, mas no interior sou conhecido como “dos recife”.
O que pretendo? Corpo sã e mente, Espírito aberto ao céu O meu sonho? Ser de tudo um pouco! Minha qualidade? Sou louco!