Sobre o final
Silencie, para que possa ouvir o sussurro. Faça de mim seus gritos. Cala-te para ouvir as almas alheias que foram repreendidas. Recite-me baixinho, guarde-me aí dentro e não solte-me para qualquer causa. Prenda-me dentro de ti, e se algum dia eu tentar escapulir, engula-me novamente ou empurra-me. Vire a página ao meu lado, ou vire-se para a janela da alma. Tranca-te dentro de si, e ouve seus próprios lamentos, ouve em silêncio (o que queria ouvir). As pontadas da vida ferem as borboletas do estômago. A pontada amarga no âmago, desânimo. A pontada silenciosa, e fatal, do ponto final.