Olhar para o interior e se analisar tem lá sua magia, mas cansa. Observar a si mesmo cansa. E tudo o que eu quero agora é não cansar de mim.
Não me tornei egocêntrica, mas tenho pegado gosto por quem sou. Quase me amo. Quase me dou o valor. Sou quase menos humana. Mesmo durante um ou outro surto nostálgico sinto a beleza das coisas se transformarem num imenso quadro pintado à aquarela. Assim é a beleza, como algo que flui e possui tonalidades diferentes de uma mesma cor.
Hoje me largo e abraço o mundo, logo tudo me pertence, logo sou responsável por tudo, exceto por mim. Eu quero ser a ferramenta do que acredito, quero passar de semente à raiz, caule e flor. Quero o mundo sobre mim. Quero mudar o mundo em mim. Mas para ser, preciso deixar de dizer. O que me tornarei não se converte em palavras. Até tento, mas vira essa lambança que se vê em cada frase. Preciso encerrar e ir lá fora, fora e ao mesmo tempo dentro de mim. Vou respirar inspiração e espirrar alguns versos que se espalharão por ai.