Eu, a solidão e a chuva

Ando de braços dados com a solidão e lhe faço carícias em noites de chuva

Sou só na noite e é só o que vejo nas linhas que escrevo

Ser só no momento da chuva caindo, me faz ver estrelas no mar da enxurrada, que leva o meu barco

Navego no mar de águas claras da chuva, na solidão que eu tenho

Sinto em meu rosto os pingos da chuva, tocando de leve, e o só que eu sinto me deixa brilhando. São pingos de chuva, são gotas serenas num mar solitário, fazendo carícias

E eu de mãos dadas olhando as nuvens que me trazem a chuva

E eu, só, na solidão com a chuva, molhando o mundo que me faz estar só

Não mato o mundo, vivo com ele e trago em mim anseios de amar

E penso que amo quando olho a chuva. Penso que amo na minha ânsia de amar

Anseio o mar e amar com a chuva, na solidão do luar

A solidão me toma com jeito de quem quer dominar e eu pulo bem alto acima das nuvens, desfaço o abraço e me faço de mar

Não mato a solidão em meu seio, sou viva e sonho na solidão de amar

Sou só, na solidão com a chuva, navegando no mar

Sou só, sou chuva, sou mar, sou barco e navego nas ondas do mar

Navego na solidão que eu tenho, com braços abertos na ânsia de amar

Ana Campos
Enviado por Ana Campos em 21/04/2013
Reeditado em 26/09/2021
Código do texto: T4252142
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