O encontro
O sangue corre rápido nas veias
A vida ressurge
Os holofotes se acendem
A luz clareia o horizonte e
acorda um vulcão que entra em erupção
Lavas desolam implacáveis
queimando tudo por onde passam
e abrem um sinal
por onde a banda passa
tocando uma música frenética
A eletricidade guia os sentimentos
para um encontro inevitável e
a força de atração une as minúsculas células
num abraço quente, macio
O mar deságua no rio e as comportas se abrem
deixando passar as águas represadas
do mar que não cabem no rio
Barcos navegam além
O céu se abre com braços de nuvem
para acolher o sol que queima e derrete
a cera da vela, libertando uma borboleta
que pousa numa flor
que se abria nos primeiros raios da manhã
Os olhos se afagam e se perdem
em infinitos profundos
Mergulham em ondas imensas que atingem o céu
ultrapassando o sistema solar
O sistema se dobra à frente do ser que sente
e se perde sem saber, o que na verdade sente
nem o que lhe desgoverna sem dó