O nó insone.
Lágrimas que não dizem tudo.
O amargo que nem sempre se dissolve.
O nó do enredo que só em comum acordo pode ser desfeito.
O silêncio que golpeia quem espera.
O amor que não muda pelas divergências.
A mágoa que grita pelo seu próprio fim.
O respeito à individualidade abalado pelo egoísmo.
Mas o expressar de uma opinião que valoriza um sentimento seria egocentrismo ou apenas honestidade de quem preza por um afeto?
Longa pergunta para uma resposta já conhecida.
O interior se inquieta com o desfeixo em suspensão.
É consenso que amar não é sempre entrar em concordância.
Preza-se pela sensatez de bons ouvidos e o dom das palavras que não dilaceram.
São dois corações que ligados pelo mesmo afeto, descobrem que pensar diferente não é sinônimo de ingratidão.
Percepções que sempre coincidem são fadadas logo a descoberta do fracasso da relação.
Inteligência emocional é um bem altamente laborioso.
É preciso coragem de se sentir e se expressar ao outro que se quer bem.
E não há verdade que mesmo delicadamente expulsa não seja dolorosa bilateralmente.
Mas o início consumado da valorização do sentir alheio desprovido de influências de outros seres já é um bom começo.
É a liberdade de expressar o que se passa em um coração e a impotência de não saber lidar com a angústia de uma reação.