NOTA: Walhalla, ou Valhalla (lê-se Val-Halla), é uma parte do reino de Asgaard, os céus da mitologia nórdica. É para Walhalla que se dirigem os justos e os valentes que morrem em combate.
fig: Brunhilda chora - Arthur Rackman para a obra "O Anel de Niberlungen", de Richard Wagner
No Jardim de Walhalla
(do livro "Nos Jardins Sagrados", Introdução, prêmio Asabeça de Poesia, 2014)
(do livro "Nos Jardins Sagrados", Introdução, prêmio Asabeça de Poesia, 2014)
Nas moradas do Eterno há um Jardim onde não vigora o tempo.
Um minuto e a eternidade convivem no mesmo instante,
E os espíritos escolhidos aguardam a hora de renascer.
No Jardim de Walhalla brilha uma força maior que o amor humano.
A solidão não desce como noite escura sobre as flores,
E um ser completa o outro como uma corrente de Luz.
Um dia, entretanto, alguém ficou só no Jardim de Walhalla.
A Luz que brilhava esmaeceu-se na noite escura da tristeza,
E cintilaram estrelas no rosto do espírito que ficou só.
O Eterno compadeceu-se, como sempre se compadece o Eterno.
O espírito solitário foi então enviado à Terra,
Onde vigora o tempo e o espaço, cruelmente separando os seres.
E assim, o seu amor se fragmentou em miríades de corpos.
O espírito solitário agora vaga em pedaços espargidos,
Buscando nos Jardins Sagrados as partes que o completam.
Um dia, esses pedaços de amor serão todos recolhidos outra vez.
Dos guerreiros e guerreiras que caem em batalha, dos justos injustiçados,
Sua Luz outra vez brilhará, iluminando o Jardim de Walhalla.
Um minuto e a eternidade convivem no mesmo instante,
E os espíritos escolhidos aguardam a hora de renascer.
No Jardim de Walhalla brilha uma força maior que o amor humano.
A solidão não desce como noite escura sobre as flores,
E um ser completa o outro como uma corrente de Luz.
Um dia, entretanto, alguém ficou só no Jardim de Walhalla.
A Luz que brilhava esmaeceu-se na noite escura da tristeza,
E cintilaram estrelas no rosto do espírito que ficou só.
O Eterno compadeceu-se, como sempre se compadece o Eterno.
O espírito solitário foi então enviado à Terra,
Onde vigora o tempo e o espaço, cruelmente separando os seres.
E assim, o seu amor se fragmentou em miríades de corpos.
O espírito solitário agora vaga em pedaços espargidos,
Buscando nos Jardins Sagrados as partes que o completam.
Um dia, esses pedaços de amor serão todos recolhidos outra vez.
Dos guerreiros e guerreiras que caem em batalha, dos justos injustiçados,
Sua Luz outra vez brilhará, iluminando o Jardim de Walhalla.
fig: Brunhilda chora - Arthur Rackman para a obra "O Anel de Niberlungen", de Richard Wagner