Infrutífero disfarce.
Quando se explora um mundo desconhecido para do avesso ser reconhecida.
Quando as mãos viram instrumentos do alheio.
Quando sentimentos são apenas invólucros de um coração premiado pela sensibilidade patológica.
Pisa-se em terreno não liquefeito.
A verdade torna-se duvidosa.
A dúvida vira o melhor esconderijo contra o sofrimento.
O calabouço de uma alma nascida para ser livre.
Em tudo se procura um novo sentido como forma de esmagamento das sinceridades.
O pólo da ingratidão com os próprios instintos e vontades.
A felicidade fica para depois.
E o depois já bate na porta.
O agora se agoniza diante de tamanha infidelidade de um ser.
As idéias se misturam e se engasgam.
O presente grita pelo despertar.
E a vida...só prossegue.