RISOS
Não sou adolescente hormonal, desejando experiências e transas em “alto astral”.
Não sou jovem sem filhos querendo engravidar, para à vida dar o que imagina ser sentido.
Não sou “moça casadoira” em busca de marido, casa e “vida a dois”.
Não sou casada frustrada, por um amante sonhando ser salva.
Não sou mulher ”liberada”,conquistando nos seus casos,
dores de cabeça, vazio e nada.
E também não sou santa, embora o desejasse ser
em vezes e vezes tantas.
Sou apenas uma criança, querendo colo terno e acalentadoras lembranças.
Um coração solidário e solitário, aberto para o encontro com a alma que faça parte de seu diário.
E uma amiga-irmã que ficou para “titia” por livre e divertida escolha,
que acha isso o máximo e que adora sótãos cheios de livros e retratos,
bem como boa música ,lindos filmes, sorvetes, chocolates,
flores, árvores, por do sol, luares, conversas, abraços, gente,
gostosos sossegos, excentricidades, surpresas, disparates,
artes, invencionices, folhas de outono e seus tapetes,
além de buscas incansáveis de equilíbrio, equilíbrio, equilíbrio,
ainda que ele seja, por vezes, um grande fujão...
Serão esses alguns sintomas
daquilo que chamam de loucura e de seus patológicos aromas ?
risos... risos... risos...