" LEMBRANÇA DE TEU CIO "

Depois de olhar as minhas mãos, marcadas pelo tempo,

escrevi um poema que testemunhasse um tempo de cinzas,

onde um pássaro Fenix regurgitava um silêncio cotidiano.

Consultei os meus desejos para enfrentar os meus dissabores

e lembrei-me da umidade de tua saliva,

posta entre meus lábios entreabertos

e procurei-a entre os canteiros de gerânios.

Não mais a encontrei, só a lembrança de teu cio,

onde enterrei meu coração.