É só loucura?

Faça chuva, faça sol,

algo de mim mesma respinga as gotas...

os raios solares...

e as coisas que nem me deram o direito de saber,

mas somente o dever de aceitar.

Algo de um eu que ainda tenta se dizer completamente mudado,

algo que não quero mais que faça parte de mim,

algo que vai e volta oscilando o pêndulo da maturidade.

Esses algos encravam a vida,

mas simplesmente me fazem sentir que é amor.

Mas é esse tipo de amor machucado, apertado

e preso a detalhes que fazem doer

que não quero sentir!

É por tantas coisas que penso:

quem dera eu poder constantar que esse não é o meu jeito de amar!

Quando pessoas novas entram na nossa vida,

o ideal é amar de um modo inédito.

Ás vezes acho que serei a mesma pessoa pequena de sempre,

consumida pelo mesmo amor que me tira a consciência do mundo,

dos fatos,

que não me deixa enxergar que sou alguém que merece,

não alguém que precisa ter medo caso não achem que mereça.

Enquanto ao meu lado posso ver algo incrível,

algo desapegado a nadas,

e apegado a tudo o que é relevante, apenas;

enquanto caminho sobre pedras nas nuvens,

há ao meu lado alguém que caminha sobre algodão no chão.

Esse alguém simplesmente sabe viver.

É disso que eu preciso também.

Mas é essa corda formada por nadas entrelaçados que sufocam

que se torna tudo

e me faz sentir que sou um nada ao lado de um tudo.

Talvez preciso ser mais tolerante e compreensiva comigo mesma!

Talvez o que sinto faz sentido

Talvez seja normal se sentir assim

Talvez tenha razão, inteiramente

Mas esteja me deixando levar

ao ponto de me sentir completamente errada

quando, na verdade, o que existe é desrespeito.

falta de empatia, talvez

no seu sentido correto

desconhecido por muitos.

Pode ser tanta coisa...

Pode ser só loucura...

Caio Márcio Rocha Coriolano
Enviado por Caio Márcio Rocha Coriolano em 19/09/2012
Reeditado em 19/09/2012
Código do texto: T3890111
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