Minhas asas.
Não sou o senhor das eras, mas com o teu amor posso sê-lo dos instantes,
Posso fracionar a eternidade em pequeninos flocos digeríveis, pelos nossos lapsos de vidas,
Posso buscar a felicidade e fatiá-la em momentos e servir-te em bandejas untadas de carinho...
E será teu sempre o primeiro pedaço.
Não sou cupido, mas posso usar o ponteiro dos segundos e cobri-lo com doces momentos de felicidade e acerta-te com a precisão de meus desejos.
Perto de ti me eternizo e seu amor são-me asas com as quais ouso voos intermináveis nos céus das possibilidades.
Sou Fênix a renascer nos teus braços,
Sou o príncipe dos teus sonhos e por teus beijos protegido dos feitiços,
Às vezes sinto-me reles errante, mas encontro em seus sorrisos incontestáveis provas de cumplicidade.
Não sou afeto a Oráculos, mas tornaste-me amigo dos Deuses,
Sou menestrel apaixonado e o teu amor é a divinal inspiração de meus lhanos madrigais, que insistem em perpetuar sua arrebatadora imagem, que exibe apenas a alva grinalda por minha paixão tecida e desfila na infinda passarela de minha mente, torturada nos elísios porões perfumados de teus indescritíveis encantos.