"ESCREVO UM POEMA SURREALISTA "
Escrevo um poema mesclado de silêncios,
escuto-o com a alma erma ao pé de uma colina
para estancar o tempo. Aí está o silêncio intacto,
como ler grafitis ilegíveis nas núvens.
Invento pássaros para olhos cegos,
deixo a última lágrima nas dobras do poente.
Mordo o azul do céu,
e num grito capto a poesia das pipas
nos despojos da tarde.