" QUANDO O DESTINO PERDOA O TEMPO..."
“ QUANDO O DESTINO PERDOA O TEMPO..."
Tal qual o indômito cavaleiro das medievais épocas, o Tempo ajoelhou-se diante da sepulcral esfinge do Destino...
Estava fatigado, esfaimado de prazeres e corroído por inclementes culpas...
Desejava ele viver o recôndito da paz, sorvendo a felicidade concretizada em uma cálida brisa...
-Ó Senhor, de todos os tempos e eras! Tenha misericórdia deste miserável corpo corroído por tantas desditas e desenganos! Dai-me o alento, ainda que provisório das inebriantes pausas, do aconchego carinhoso da esperança a florir remansoso por verdejantes campos...
O Destino põe-se a então a observar o Tempo... Pensativo, inquisidor, detalhista, o "Monarca da Vida" tece suas teias com dourados fios de aço...
- Tempo ,de quando em quando, você conhecerá a serenidade para seus tormentos... Haverá uma hora em que poderá enfim, quedar-se inerte! Neste instante a música sorrirá nos céus... Será um momento grandioso, inenarrável, inigualável...
Nesta centelha beatífica de magnífico esplendor um homem e uma mulher se encontrarão, suas vidas se fundirão em uma, e neste momento o Tempo descansará de seus augúrios para reverenciar o sublime idílio dos amantes...
Ivone Maria R. Garcia (Ivoninha)
Em processo de Registro na Biblioteca Nacional