" QUANDO O DESTINO PERDOA O TEMPO..."

“ QUANDO O DESTINO PERDOA O TEMPO..."

Tal qual o indômito cavaleiro das medievais épocas, o Tempo ajoelhou-se diante da sepulcral esfinge do Destino...

Estava fatigado, esfaimado de prazeres e corroído por inclementes culpas...

Desejava ele viver o recôndito da paz, sorvendo a felicidade concretizada em uma cálida brisa...

-Ó Senhor, de todos os tempos e eras! Tenha misericórdia deste miserável corpo corroído por tantas desditas e desenganos! Dai-me o alento, ainda que provisório das inebriantes pausas, do aconchego carinhoso da esperança a florir remansoso por verdejantes campos...

O Destino põe-se a então a observar o Tempo... Pensativo, inquisidor, detalhista, o "Monarca da Vida" tece suas teias com dourados fios de aço...

- Tempo ,de quando em quando, você conhecerá a serenidade para seus tormentos... Haverá uma hora em que poderá enfim, quedar-se inerte! Neste instante a música sorrirá nos céus... Será um momento grandioso, inenarrável, inigualável...

Nesta centelha beatífica de magnífico esplendor um homem e uma mulher se encontrarão, suas vidas se fundirão em uma, e neste momento o Tempo descansará de seus augúrios para reverenciar o sublime idílio dos amantes...

Ivone Maria R. Garcia (Ivoninha)

Em processo de Registro na Biblioteca Nacional

Ivone Maria Rocha Garcia
Enviado por Ivone Maria Rocha Garcia em 05/05/2012
Reeditado em 02/01/2017
Código do texto: T3650368
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