"SURREALISTA"

O fantasma tinha uma vontade enorme de chupar sorvete; a lembrança apegou-se à idéia do esquecimento; a ruga lembrou-se do tempo e prontificou-se a registrar os caminhos; o quarto de dormir ansiava por uma fase quarto minguante; a alegria abandonou a felicidade e ficou macambúzia; as cores escancararam-se em arco-íris;

a pedra do caminho foi negociada a prestação com juros altíssimos; a identidade ficou indiferente a tudo que não existe; as crianças com tanta inocência brincavam com baionetas caladas; e vou seguindo entre o idílio de Chopin e as imagens de Felini; dou finalmente um conselho: não ouçam. não vejam, não falem e se pensarem, façam de conta que a sabedoria chineza é adequada para um mundo racional.

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 17/04/2012
Reeditado em 22/04/2012
Código do texto: T3618212