" CAMPO DE BATALHA "

O poeta vai ao vento nas estações,

vai desperto pela alegria que o desperta,

lá no "bosque do devaneio", onde o infortúnio

dá graças ao furta-cor do despertar.

No bosque não se encontram folhas secas,

só metáforas beirando a pólvora molhada

isenta de significados ambíguos.

Versos são o banquete do jejum, o abrigo

do espelho da alma, verdades de nossas vidas.

Quando a minha pena traça na branca folha de papel,

surgem os versos-armadilhas cheios de terror.

Se forem medíocres, aceitemos a engenhosidade dos medos

e permitamos aos poemas falarem por si mesmos.

permiano colodi
Enviado por permiano colodi em 12/04/2012
Reeditado em 14/04/2012
Código do texto: T3609392