" CAMPO DE BATALHA "
O poeta vai ao vento nas estações,
vai desperto pela alegria que o desperta,
lá no "bosque do devaneio", onde o infortúnio
dá graças ao furta-cor do despertar.
No bosque não se encontram folhas secas,
só metáforas beirando a pólvora molhada
isenta de significados ambíguos.
Versos são o banquete do jejum, o abrigo
do espelho da alma, verdades de nossas vidas.
Quando a minha pena traça na branca folha de papel,
surgem os versos-armadilhas cheios de terror.
Se forem medíocres, aceitemos a engenhosidade dos medos
e permitamos aos poemas falarem por si mesmos.