" O PROSÉLITO COM ORELHAS DE ASNO "
O prosélito com arelhas de asno
abriu o livro e entendeu o que lhe disseram.
Lavou na pia os seus desmazelos
e limpou os pés nas escadas do adro.
Convicto de viver para sempre,
inútil nada acrescentava e pensava
um dia andar sobre as águas.
Não encontrou o Santo Graal;
com gestos pesados de chumbo,
continuou na perpetuação dos desejos
hebreus dos assédios.