A cor do medo
Liberdade parece-se com um pequeno ser invisível,
compare-os veja os seus sorrisos mostrando os dentes alvos.
Ela está presa agora no calabouço do castelo, trancada
A correntes, vive a pão e água, triste está.
Um imperador tirano se assentou no seu trono
Onde o seu cetro atinge a todos tingindo de sangue.
Impera nos lugares mais remotos, nos arranha-céus, florestas,
no reino da pobreza e da riqueza, ensina os inocentes o medo.
Nas calçadas, no metrô, elevador, dentro das casas, nos
Aposentos, o imperador medo ensina o menino inocente.
Com seu exército de generais caídos, a sua imensa mão alcança
fragilizados, incertos e fracos, afogando-os na pia da cozinha.
Com palavras fúteis recruta um poderoso
Exército que se agiganta da terra a marte.
À surdina se ouve o tilintar das moedas de ouro
Nos sacos e bolsas tingido de vermelho.
Irineu Magalhães