Seguindo por essa estrada...

Ando por aí…
Correndo atrás de tudo que pode ser meu nada!
Em busca do nada que possa ser meu tudo!
Não estou fugindo do medo
Enterrando alucinação
Vivo a semear bonança em meio às tempestades mundanas da insatisfação
Plantando árvores nas consciências de concreto armado
Acreditando que possa ainda florescer os frutos do autoconhecimento.
Adubando boas idéias, tento me distrair
Para nunca me coagir diante da insensatez e da indiferença
Da incoerência de tantos corações!
Sigo por aí...
Reconstruindo novos caminhos retos
Sem curvas e sem abismos para não me atrasar mais
Nem complicar ou me perder nessa longa estrada.
Em passos lentos tento seguir...
Para nunca desistir de me amar, de me aceitar e me perdoar diante das minhas próprias indecisões e frustrações!
Cansei de correr em vão! De chorar por amores impossíveis e não correspondidos!!!
E acreditar na doce ilusão!
Sinto-me desiludido mas não distraído
Ainda distribuo o sorriso do meu coração
Mesmo se os meus olhos choram a dor da solidão!
Pisando nas mágoas, apodrecendo ressentimentos, enterrando o passado fétido com a terra que acolhe o suave perfume de um futuro promissor
Colorido em cada primavera que por mim espera com flores multi cor
Quando o tempo me contar que eu não mais devo caminhar
Hei de me arrastar para nunca atrasar a minha jornada
Mas nunca serei como um navio atracado num porto
Amarrado para não ser arrastado pelas águas bravias do oceano de mistérios dos próprios desgostos ou prazeres
que escondem atrás de um só destino!!!!

Valleria Gurgel
11/09/2011
Poetas DelMundo
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Valéria Cristina Gurgel
Enviado por Valéria Cristina Gurgel em 11/09/2011
Reeditado em 11/08/2012
Código do texto: T3214177
Classificação de conteúdo: seguro
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