Armagedom.
Eu sou o entardecer das criaturas,
O alvorecer das ditaduras
E o pesadelo dos galãs.
Eu sou o tumor dos organismos,
O pressuposto de um abismo
E a mancha podre das maçãs.
Eu sou o crepúsculo dos sonhos,
Dos sinais, o mais medonho,
A incerteza do amanhã.
Eu sou o maior medo dos amantes,
O cintilar dos diamantes,
Dos incautos o afã.
Eu sou a noite cálida, a noite fera,
Como a esfinge que te espera
Paciente e guardiã.
Eu sou a fome indômita do mundo,
Sou teu descaso mais profundo,
Teu café dissimulado da manhã.
Eu sou o desamor em carne e osso,
Eu sou carne de pescoço
Sou da fruta o caroço
A mola exposta do divã.
Afasta-te de mim
De perdoar não tenho o dom.
Eu sou o teu adversário,
Ocorro em ti a toda hora,
Eu sou o teu Armagedom.
Eu sou o entardecer das criaturas,
O alvorecer das ditaduras
E o pesadelo dos galãs.
Eu sou o tumor dos organismos,
O pressuposto de um abismo
E a mancha podre das maçãs.
Eu sou o crepúsculo dos sonhos,
Dos sinais, o mais medonho,
A incerteza do amanhã.
Eu sou o maior medo dos amantes,
O cintilar dos diamantes,
Dos incautos o afã.
Eu sou a noite cálida, a noite fera,
Como a esfinge que te espera
Paciente e guardiã.
Eu sou a fome indômita do mundo,
Sou teu descaso mais profundo,
Teu café dissimulado da manhã.
Eu sou o desamor em carne e osso,
Eu sou carne de pescoço
Sou da fruta o caroço
A mola exposta do divã.
Afasta-te de mim
De perdoar não tenho o dom.
Eu sou o teu adversário,
Ocorro em ti a toda hora,
Eu sou o teu Armagedom.