Poema do Futuro

O poema do futuro

Não tem rima,

Não tem verso,

Nem o ritmo harmonioso de um soneto.

O poema do futuro

Não tem cores, elementos cativantes

Típicos de uma poesia.

O poema do futuro

Não se declama,

Não se publica,

Não se lê entre os saraus.

O poema do futuro

Não vem da pena de um destro escritor.

O poema do futuro

É uma incógnita constante

É um livro inda fechado

Anuviado por poderes e ganância.

O poema do futuro

Tem mau cheiro,

É sombrio,

É revólver,

Espingarda,

É canhão.

O poema do futuro

É o homem explodindo outro homem

É uma guerra de pessoas

Não de invasores,

De vírus,

De animais...

O poema do futuro

Só tem sangue,

Pólvora,

E cinza.

O poema do futuro

É bomba atômica

Explodindo a meiga flor da compaixão.

O poema do futuro

Não tem rima,

Não tem verso,

Só vergonha

Por trás do rosto do poeta que o compõe.

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Minha oração é que no futuro, tenha-se ainda alguma cena (neste escabroso mundo) bonita de se pintar, de se escrever...

Maranhão-Brasil, Na estrada, 2011.

Wellington Varjão Poeta
Enviado por Wellington Varjão Poeta em 16/08/2011
Código do texto: T3163650
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